A Fotografia Documental obedece a uma série de características baseadas na beleza da fotografia real, o que a torna num estilo cada vez mais procurado pelas famílias.
![criança dentro do carro com brinquedos](https://anapratas.com/wp-content/uploads/2021/05/Sessao-documental-sem-poses-2-1.jpg)
A fotografia documental – a captura da realidade
Quando uma fotografia é tirada sem que alguém se aperceba que irá ser fotografado, existe a captação de um momento puro, feito de expressões, movimentos e reações reais.
A fotografia documental de família surge aliada ao registo desse momento, é o fotojornalismo aplicado à fotografia de família.
A premissa da fotografia documental de família é a de fotografar a vida da família como ela vive natural e verdadeiramente os seus dias.
Ao alterar de alguma forma algum elemento do ambiente, ou qualquer caraterística de como a vida familiar existe, criará uma distorção da realidade, o que não é pretendido em fotografia documental de família.
Por esse motivo, não existem poses ou orientações dadas por mim durante uma sessão de fotografia documental.
![corrida de crianças em trotinete dentro de casa](https://anapratas.com/wp-content/uploads/2021/05/Sessao-documental-sem-poses-1-2.jpg)
Há direcções do fotógrafo numa sessão documental?
Não. Numa sessão fotográfica documental deverá existir a mínima interferência/”presença” do fotógrafo, de modo a garantir a máxima realidade captada. Logo, não existem orientações sobre os locais onde a família poderá estar, gestos ou actividades. Nada será encenado ou criado para uma sessão fotográfica documental.
Por esse motivo, existem várias ações e interações que eu não faço durante as minhas sessões:
. Alterar elementos no cenário natural do ambiente familiar:
Não mudo objectos de sítio, nem peço para a família arrumar ou modificar algo nas divisões onde a poderei fotografar.
Isto pode tornar a composição fotográfica mais complexa? Claro que sim mas, é mas é um limite que imponho a mim mesma. Qualquer mudança no ambiente natural familiar será uma distração para a família, que está habituada à arrumação/ desarrumação normal da sua casa – além de não ser essa a sua realidade.
Por exemplo:
Cenário: uma criança costuma brincar num local da casa pouco iluminado e com um ambiente que não permite tão bem compor a fotografia.
O que aconteceria se eu lhe pedisse para ir para outro sítio para me facilitar tirar uma fotografia diferente? Ao mudar o espaço habitual onde a criança costuma brincar, além de interromper a concentração na sua brincadeira, ela vai perder a sua expressão habitual e, ao mudar-se para outro sítio para brincar, vai começar a brincar de uma forma diferente daquela que tem naquele sítio. Ao fazer esta alteração, iria prescindir da genuinidade daquele momento, que só acontece naquele local.
![família a almoçar](https://anapratas.com/wp-content/uploads/2021/05/sessao-documental-sem-poses-6.jpg)
. Alterar a luz.
Não apago luzes, ou peço para mudarem algum candeeiro de sítio. Da mesma forma que também não abro janelas.
A luz num local pode ser menos boa e pode ser um desafio maior para a minha fotografia mas, se quero captar a vida real, não seria correcto “corrigir” a luminosidade quando ela não existe.
Por exemplo:
Cenário: Um pai está a contar uma história, ou adormecer o filho à noite num ambiente com muito pouca luz.
O que poderia acontecer se eu acendesse a luz? Primeiro, iria interromper um momento que habitualmente acontece sob aquela luz. Segundo, correria ainda o risco de fazer a criança despertar e “quebrar aquele momento”.
![pai a contar história, criança a beber biberon](https://anapratas.com/wp-content/uploads/2021/05/sessao-documental-sem-poses-5.jpg)
Em resumo…
A intenção da minha abordagem de fotografia documental de famílias é a de captar a imagem o mais genuinamente possível. Daí, preferir desafiar-me com um ambiente com uma luz não muito boa ou uma composição mais fora do normal e construir uma fotografia “verdadeira”, do que alterar algo para serem criadas condições só porque poderiam facilitar a criação de uma fotografia diferente.
Para capturar a verdadeira realidade de uma família, fotografá-la de uma forma documental irá permitir captar momentos não planeados, não orientados, naturais da rotina e da vida da família fazendo um retrato fiel e único de uma família.
![](https://anapratas.com/wp-content/uploads/2021/05/Sessao-documental-sem-poses-4.jpg)