A maneira como fotografo nas sessões influencia muito a maneira como fotografo em casa e a minha família. E o oposto também acontece.
Quando fotografo o meu filho e a minha família são raras as vezes em que intervenho.
Já me é tão natural fotografar sem interferir, que parece que deixou de fazer sentido fotografar de outra maneira. Vejo-me muitas vezes a observar o que está a acontecer e estou constantemente a tentar antecipar os momentos para conseguir captá-los numa fotografia.
Não fotografo o tempo todo, mas numa determinada situação experimento e posso disparar muito.
E não estou constantemente de máquina na mão. Aliás, hoje em dia, o meu maior aliado é o iPhone. Está sempre no bolso, já tem uma qualidade decentezinha, é prático e super fácil de partilhar fotografias com a família. O facto de disparar muito em certas situações, faz com que muitas das fotografias que faço são lixo, mas são o caminho que tenho de fazer para chegar àquela fotografia que é o objectivo. A fotografia em cima é um exemplo disso. Tenho várias fotografias deste cenário, mas o momento que queria captar era o dedito do Francisco a apontar para o cão que estava a ver na rua. E esse momento durou apenas um instante.
E em trabalho, quando fotografo famílias?
Em trabalho, quando fotografo famílias, a minha abordagem é fundamentalmente esta: perceber onde me devo colocar tendo em conta a luz, composição e acção que está acontecer; ter muita paciência e antecipar os momentos.
Muitas vezes não chego à fotografia que pretendo. Outras vezes, tenho a grande sorte de até conseguir algo que não estava à espera mas que é ainda melhor. É estar constantemente com o cérebro em modo “resolução de problemas” e isso é uma das coisas que mais gosto na fotografia documental.
Se gostarias de saber mais como fotografo a minha própria família e vê um vídeo com exemplos práticos.